segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

OS REIS DO TWITTER

QUEM SÃO OS MAIORES INFLUENCIADORES DO TWITTER NO BRASIL, E PORQUÊ!
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O Twitter, além de ser a mania mundial da internet (ou por isso mesmo), é uma das ferramentas mais sociais e humanas que existem. Explico: quando tornaram público o número de seguidores – o que alguns chamam de audiência (nomenclatura que entendemos errada, ou parcialmente certa) –, os criadores da ferramentinha de 140 caracteres transformaram cada um de nós em Gugus, Faustões, Datenas ou Xuxas à cata de fama e de ibope. Na TV, ibope é sinônimo de poder, um poder que leva a dinheiro. No Twitter, esse ibope tem (por ora) menos significados, principalmente o do dinheiro, mas também significa poder, e faz com que muitos cidadãos pacatos e singelos passem a agir como verdadeiros donos de programas de quinta categoria da TV.
Mas quem é realmente influente nessa rede social?
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Afinal, o que significa ter muitos seguidores no Twitter? Seguidor = influência? Qual o valor de RTs e menções? Qual o peso que cada tuiteiro tem de fato na sua comunidade? Tentando responder a essas e outras perguntas, convidamos nossos parceiros da AORTA – empresa que trabalha com mobile e mídias sociais e tem feito estudos de influência e relevância para seus clientes – e pedimos a eles que levantassem durante o mês de outubro os números de alguns personagens relevantes e de perfis variados da twittosfera: @veja, @rafinhabastos, @marcelotas, @huckluciano, @realwbonner, @cardoso, @marimoon, @felipeneto, @interney, @pecesiqueira e @estadao. O levantamento levou em consideração dados absolutos* como seguidores, RTs, menções, crescimento de seguidores e tweets, e também utilizou a ferramenta Tweetlevel, desenvolvida pela Edelman nos EUA, para medir a influência (influence), o engajamento (engagement) e a confiança (trust) dos perfis.
Pelo critério de número de seguidores, os campeões do Twitter entre os @s que analisamos seriam (na ordem): Luciano Huck, Rafinha Bastos e William Bonner. (Se fossem analisados todos os perfis brasileiros, o ranking seria: Huck, Kaká e Mano Menezes.) Mas serão esses 3 os maiores influenciadores no mundinho dos 140 toques entre nossos 11 analisados? A resposta é óbvia: não!
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Analisar apenas seguidores é um vício e uma simplificação exagerada. “A popularidade está relacionada a alcance, e possui indicadores claros para sua mensuração. O mesmo não acontece no caso da influência, em que não existe um consenso em relação a quais indicadores utilizar, explica Roberta Rocha, coordenadora de Social Media da Aorta.
Os números mentem, sim! (A frase que diz o contrário é uma das bobagens mais convenientes que alguém deve ter dito para provar que seus números estavam certos.) Portanto, não temos a menor pretensão de apontar verdades absolutas, mas, à luz de vários critérios, mostrar que, no Twitter, olhar apenas para a quantidade de seguidores de alguém é um erro crasso.
Para chegar então aos perfis mais influentes dentre os 11 escolhidos para o estudo, adotamos dez critérios finais (ok, você pode nos questionar se for um pesquisador, mas, antes que o faça, admitimos que os critérios são nossos mesmo – ou seja, não vamos tentar provar pra ninguém que eles valem ou são melhores que outro, são simplesmente os critérios datayouPIX!): número de seguidores, citações, RT, RT/Tweet, citações/seguidores, RT/seguidor, true reach (%), Influence, Engagement e Trust.
Veja o gráfico completo com o resultado para cada arroba e clique aqui pra entender os critérios analisados em cada item:

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clique na imagem para ampliar

Perceba que, se excluirmos o “número de seguidores”, William Bonner não aparece no pódio em nenhum dos outros critérios, enquanto Luciano Huck leva um mísero 2º lugar no quesito True Reach (ainda um critério diretamente ligado ao número de seguidores) – sobrando mesmo pro Rafinha Bastos figurar em 1º lugar como o arroba que possui a maior taxa de retuítes pra cada tuíte.
Pois é, seguidor é bacana, mas influenciar pessoas no Twitter é outra coisa. Antes de respondermos quem são os maiores influenciadores do Twitter brasileiro, a análise dos dados nos revela coisas interessantes: temos influenciadores com quase 3 milhões de seguidores (@huckluciano) e outros com pouco mais de 50 mil (@interney e @estadao), e até mesmo o @cardoso, com cerca de 25 mil, que, por outro lado, têm números de citações por seguidor muito elevados (@estadao e @cardoso) se comparados aos de um @huckluciano, por exemplo.
Vemos também que a @veja, apesar de bons índices em True Reach e Influence, tem disparado o pior número em Engagement, o que deve ter a ver com o conteúdo editorial da publicação. Ainda é interessante notar como o @cardoso, com seus pouco mais de 25 mil seguidores, tem o maior índice de True Reach entre os analisados, quase 60%, sendo que a média é de 30%… Bem acima!
CORESPODIO
*legenda para visualizar o gráfico acima

PRIMEIRAS CONCLUSÕES
Se dá pra tirar uma primeira conclusão, essa é a de que seguidor significa bem pouco, e, se por um lado os criadores do Twitter acertaram em cheio ao dar publicidade para a audiência de todos os usuários – fator que sem dúvida ajuda a manter os usuários ativos e crescentes e sempre batalhando por mais seguidores –, por outro lado os números publicados de seguidores (as ferramentas de medição também são públicas, mas não estão ali no próprio Twitter, e não é tão óbvio o que se pode fazer para melhorar um True Reach ou um Engagement) são apenas um leve sinal do que de fato está acontecendo entre o tuiteiro e seus seguidores, às vezes muito influenciados, às vezes quase sem sofrer a menor influência dele.
Ter muitos seguidores, claro, significa algo. Talvez um sinal de fama ou do @ ter acesso a uma mídia que atinja muita gente, e ter a capacidade de convidar essas pessoas a clicar no botãozinho “follow”. Porém, poder de influência e capacidade de mobilização e engajamento dependem de muitos outros fatores.
Se você chegou até aqui, deve estar se perguntando: afinal, dos 11 @s escolhidos, quais os 3 mais influentes? Antes de respondermos, vale ressaltar que, ao colocarmos os 10 critérios juntos, sabemos que há overlap entre eles (ok, pesquisador, calma, a gente te respeita!) e que, portanto, isso dá uma certa embolada nas coisas. Então, para apurar os mais influenciadores, resolvemos dar um peso para quem estava no 1º, no 2º e no 3º lugar do pódio. Pra definir esse peso, resolvemos olhar quem vem fazendo isso há tempos, os cartolas da F1 – onde o 1º lugar leva 25 pontos, o 2º lugar, 20, e o 3º, 15.
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QUADRO DE PONTOS E MEDALHA:
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Fonte: mypix

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